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Caderno de resumos

Mesas-redondas e conferências

 

Considerações sobre a philía na Ética a Nicômaco

Ana Flaksman, UNIRIO (Rio de Janeiro)

À luz da amizade e da homenagem aqui dedicada ao querido Marcelo Marques, este texto irá considerar a philía na Ética a Nicômaco sobretudo a partir de sua relação com a autossuficiência humana e seus limites, ou melhor, com a tensão entre a vulnerabilidade humana à fortuna e a estabilidade requerida pela própria noção de boa vida. Isto porque, antes de tudo, à medida que considera a amizade um bem indispensável à boa vida, Aristóteles se recusa a banir inteiramente da vida melhor e mais valorosa o risco, a contingência, a vulnerabilidade, pois inclui na boa vida um bem relacional, exterior, que expõe o agente ao outro e àquilo que dele próprio independe. Este texto, uma exploração inicial do tema da amizade em Aristóteles, será elaborado em diálogo principalmente com os escritos de Martha Nussbaum, em A fragilidade da bondade, e de Pierre Aubenque, em A prudência em Aristóteles.

 

Notas al Lisis de Platón: amigos reales y amigos virtuales

Beatriz Bossi, UCM (Madri, Espanha)

 

Quizás resulte extraño intentar establecer una comparación entre lo que Platón consideraba como amistad verdadera y las así llamadas ‘amistades’ a través de las redes sociales. Porque las diferencias saltan a la vista.

Mi objetivo es desentrañar algunos problemas que plantea la definición de la amistad en el enigmático Lisis de Platón desde una lectura exploratoria para atender, acaso tangencialmente, a nuestra situación presente.

Dar indicios de lo que es la amistad para Platón no es asunto sencillo de determinar sino bastante escurridizo, al menos en el primero de los diálogos que parece dedicar al asunto de la philía, la cual incluye no solamente relaciones de amistad sino también relaciones de parentesco y relaciones de atracción entre personas y objetos de su deseo. Como observa F. Ferrari[1], en la primera parte del diálogo se trata más bien de relaciones simétricas entre individuos, pero a partir de 216 c, en la segunda parte, phílos es interpretado en sentido pasivo como lo que es ‘querido’ por un sujeto, en una relación asimétrica.

Como no tenemos un tratado platónico de la amistad,  sino solamente indicios desperdigados en muchos diálogos acerca de lo que es la amistad, y como esos indicios a veces se reflejan en palabras entre los personajes y otras veces se muestran en las actitudes de Sócrates con relación a sus amigos en la acción dramática, el método a seguir debe incluir la atención a los discursos y argumentos, conjuntamente con la observación de gestos y actitudes que denotan los sentimientos y emociones de los personajes.

 

Níveis de realidade: contra os dois mundos em Plotino.

Bernardo Guadalupe Brandão, UFPR (Curitiba)

 

[Resumo]

 

Marcelo Marques sobre a aparência e a contradição na República de Platão.

Carolina Araújo, UFRJ/CNPq (Rio de Janeiro)

Este é um trabalho de philía, e não sobre philía. Contrariando a tese aristotélica de que a morte põe fim à amizade, uma vez que não permite mais a retribuição, ele parte da tese de que a filosofia é um tipo de exercício na ausência dos amigos, e propõe-se a dialogar com Marcelo Marques por meio de sua obra. O trabalho apresenta uma reconstrução, a partir de cinco artigos publicados, do que seria o argumento central de um livro sobre aparência e contradição na República de Platão que Marques pretendia, mas não pôde publicar. Ele parte do conceito de movimentos psíquicos para o desenvolvimento de uma tese sobre a presença do intelectualismo socrático na República baseada em uma divisão dos desejos, ao invés da tradicional tripartição da alma. Na sequência, trata-se de explicitar como, segundo Marques, a distinção entre dóxa e epistéme, presente no quinto livro da obra, guardaria traços retóricos de exagero, resultando em que a distinção de objetos seria na verdade uma diferenciação entre manifestações múltiplas e a unidade do ser das coisas. A seguir, analisaremos a imagem da linha dividida e a sugestão de que são ali enumerados diversos modos de aparecer do ser das coisas, para, finalmente, expor o argumento segundo o qual é a valoração, explorada no símile entre sol e bem, que impede que a distinção ontológica colapse. Há na conclusão uma certa crítica sobre essa estrutura argumentativa da República, mas também um elogio a esse intérprete audacioso, que não poupou esforços para questionar o que se supôs como doutrina platônica.

Lísis e a Antropologia Platônica

Delmar Cardoso, FAJE (Belo Horizonte)

A comunicação fará incursões no texto do Lísis no sentido de analisar o termo philos — e mais ainda prôtos philos — e como ele está relacionado com outros termos-chave da filosofia de Platão. O texto do Lísis contém grandes perguntas filosóficas — paideía, pólis e psysché— e a pergunta pela própria filosofia, ressaltando sua tarefa principal: mediar pelo logos o viver concreto dos seres humanos, pois para isso tem o nome que tem — amizade com o saber. Concluiremos afirmando que o ser amigo no Lísis de Platão se insere no todo da sua visão a respeito do ser humano.

Entre Diotima e Alcebíades: a imagem e o ícone no Banquete de Platão.

Diogo Norberto Mesti , UEMG (Diamantina)

 [Resumo]

         

 

O sábio amor (philia) às meninas de seios floridos. (Safo fr. 58).

Fernando Santoro, UFRJ (Rio de Janeiro)

A partir da reconstrução de Martin West do poema de Safo composto em torno do mito de Titônio, conhecido também originalmente como fragmento 58, analisaremos, neste precioso legado textual de uma obra do séc. VI a.C., a presença de um discurso filosófico, à maneira de outros filósofos pré-socráticos, e de uma prática de philia pedagógica. No poema, encontramos também um modelo específico de uso hermenêutico da tradição mítica.

A partir desta leitura, buscaremos características próprias de Safo, com que a possamos reconhecer participando de determinadas linhagens de sabedoria, notadamente as que denominamos de órficas, tradição de poetas filósofos que escreveram poemas líricos, poemas épicos, poemas trágicos. Características não apenas formais, mas também de conteúdo, que apresentam, além da experiência de sabedoria, igualmente certos métodos ligados à expressão e à interpretação dessa mesma sabedoria, assim como à forma amorosa de transmiti-la.

 

Quem é o Estrangeiro de Eléia e o que ele faz no Sofista e no Político de Platão.

Fernando Muniz, UFF (Rio de Janeiro)

O leitor atento dos Diálogos acaba tendo que enfrentar a seguinte questão: quem é o Estrangeiro de Eleia? O que veio ele fazer em Atenas exatamente quando Sócrates estava prestes a ser levado ao tribunal que o condenaria à morte? Vou explicitar a primeira pergunta para deixar bem claro o tópico central desta palestra: no Teeteto, Platão criou uma imagem de Sócrates, cativante, irônica, cheia de vivacidade e humor, e uma imagem correspondente da filosofia como maiêutica, mas, em contraponto direto a essas imagens, ergueu a figura do Estrangeiro e o seu seco e austero método de divisão.  A questão é, portanto, inescapável. Por que, depois de ter construído imagens tão atraentes no Teeteto, Platão criou um personagem enigmático para substituir Sócrates, seu herói filosófico, no Sofista e no Político? Apresentarei a seguir uma hipótese que pode oferecer uma resposta mais adequada a essa pergunta do que as que existem em circulação. Para isso, (i) avalio e discuto a materialidade do problema, ou seja, analiso a forma como ele aparece nos Diálogos e os elementos textuais que, direta ou indiretamente, integram a sua composição; (ii) faço um balanço crítico das várias interpretações atuais da questão; (iii) e, finalmente, busco explicitar uma interpretação alternativa que justifique filosoficamente a presença do Estrangeiro na trama dos Diálogos. 

 

Eros or Self-love? The Divergent Accounts of Friendship in Plato and Aristotle

Francisco J. Gonzalez, University of Ottawa (Ottawa, Canadá)

The topic of Plato and Aristotle on philia seems a natural one and therefore one on which one should expect to find quite a large body of scholarship. After all, Aristotle wrote extensively on philia and Plato dedicated a dialogue, the Lysis, to the topic. Furthermore, Aristotle clearly knew the Lysis very well and is frequently responding to it in his own discussions. Finally, given the relation between philia and the human good or virtue, an examination of this topic promises to shed needed light on the obscure and problematic differences between the general ethical theories of Plato and Aristotle. Yet it would not be much of an exaggeration to say that this topic has been relatively neglected by scholars. Attempts to get at the differences between the Platonic and Aristotelian conceptions of philia have been few, as well as often brief and superficial. A large part of the reason is a long-standing and pervasive judgment, challenged only within the last couple of decades, that the Lysis is nothing but a set of aporias offering no positive conception of friendship to be contrasted to that of Aristotle. The goal of the present paper is not to provide the exhaustive account that is still wanted, but rather to identify the key terms and issues in the debate between Plato and Aristotle on philia and to suggest, against a common assumption, that Aristotle’s account has by no means simply superseded Plato’s.

 

Amizade na tradição pitagórica.

Gabriele Cornelli, UnB (Brasília)

[Resumo]

A amizade, algo que não se pode explicar.

Giovanni Casertano, UNINA (Nápoles, Italia)

Não me parece que nos diálogos platónicos haja uma definição de philia[2], exceto, talvez, de duas que se poderiam encontrar no Banquete e nas Leis, como se verá. De resto, em Platão, as verdadeiras “definições” de ideias são relativamente poucas, mas isso não acontece com a philia, à qual se dedica explicitamente o Lísis: um diálogo que se conclui com uma aporia total sobre o conceito, não sem Sócrates ter dado provas da sua grande capacidade de construir discursos do mais puro estilo sofista, durante a discussão com os jovens que encontrou no ginásio do seu “companheiro e admirador” Mico.

Ainda assim, desde a antiguidade o argumento do Lísis foi sempre a amizade. Poderíamos dizer que o desfecho do diálogo é um sigilo sobre o fracasso da tentativa de definir a philia: «tornámo-nos ridículos (καταγέλαστοι), … pensamos ser amigos um do outro, mas o que é o amigo (ὅτι ἔστιν ὁ φίλος) não fomos capazes de o descobrir» (223a-b).

Concluindo, é muito difícil dizer o que é a amizade para Platão: temos uma série de coordenadas que desenham o âmbito semântico da ideia e evidenciam a sua proximidade com outros âmbitos, de quem a amizade se aproxima, mas com quem não se identifica.

Amizade, heroísmo e sabedoria no mundo antigo.

Jacyntho Lins Brandão, UFMG (Belo Horizonte)

[Resumo]

 

Alguns comentários sobre a significação dialética das aporias em Platão.

João Paulo de Oliveira Teixeira, UFMG (Belo Horizonte)

A apresentação visa dar um testemunho pessoal da minha experiência como orientando do professor Marcelo Marques. Em especial, direi como seu artigo “A significação dialética das aporias no Eutidemo de Platão”, me ajudou na compreensão de alguns problemas interpretativos e metodológicos no estudo de Platão. Pretendo expor, em primeiro lugar, dois modos de ler as aporias em Platão e, em segundo lugar, dois modos de ler os diálogos platônicos de juventude.

O amigo é amigo do amigo

Jovelina Ramos, UFPA (Belém do Pará)

A exposição parte do entrelaçamento entre as noções de amor, desejo e amizade, no Banquete de Platão, no sentido de mostrar como este vínculo já aparece no Lísis e se fortalece nas Leis. O prazer do convívio com o outro, no livre exercício da filosofia, é marcado pela dicotomia própria da natureza do filósofo, plasmada na imagem de eros/philosophos como daimon, por mover-se entre a carência e a plenitude, a ignorância e a sabedoria, a mortalidade e a imortalidade. Morar na filosofia, para Marcelo Marques, é superar a dialética amor e dor, do canto pungente de Caetano Veloso, tornando o filosofar uma prática que envolve, além de seriedade, alegria, prazer, convívio, reciprocidade, generosidade, elementos que caracterizam a philia em toda sua magnitude.

Philia nas Leis e na República. Considerações acerca dos nomes compostos a partir de philia no vocabulário platônico.

Juliano Paccos Caram, UFFS (Chapecó)

La philia come syngeneia in Platone e nella tradizione platonica.

Lidia Palumbo, UNINA (Nápoles, Itália)

Nel prologo del Politico di Platone si parla di sungeneia, di parentela, di amicizia, e si dice che essa è basata sulla somiglianza e che questa somiglianza non è esteriore, appariscente, visibile a tutti, ma è piuttosto una somiglianza intima, nascosta, che lega tra loro gli amici e che può essere rinvenuta soltanto guardando ai logoi. Socrate si rivolge al suo interlocutore e annota che i due giovani presenti (Teeteto e Socrate il giovane) hanno entrambi una somiglianza  (syngeneia) con lui. “L’uno, voi dite che mi assomiglia per l’aspetto del volto (257d2-3); l’altro, invece, avendo il mio stesso nome (258a1), ha con me una certa affinità (oikeioteta, 258a2) per il modo in cui è chiamato. Dobbiamo però - aggiunge il filosofo - sempre riconoscere (anagnorizein) con cura i nostri amici attraverso i discorsi”.

Di questa amicizia fondata sulla somiglianza, rinvenibile nelle parole e nei pensieri, piuttosto che nei tratti del volto, si parla più volte nei dialoghi di Platone, è questa infatti la cifra dell’amicizia filosofica e la si ritrova anche nella tradizione platonica.

Nel Simposio sulla philia che si terrà a Belo Horizonte nel mese di agosto p. v. in onore del caro Marcelo Pimenta Marques, io vorrei parlare di questo filo rosso che lega la maniera di intendere l’amicizia nei dialoghi platonici e in qualcuno dei testi successivi del platonismo medio e neoplatonico.

 

Amizade e virtude na ética de Aristóteles.

Prof. L. Angioni, UNICAMP (Campinas) 

[Resumo]

A noção de philía nos discursos do Fedro.

Maria Aparecida Montenegro, UFC (Fortaleza)

[Resumo]

Vida como estado de alma, amizade à virtude. Uma breve homenagem ao nosso mestre prof. Dr. Marcelo Pimenta Marques.

Maria Dulce Reis, PUC Minas (Belo Horizonte)

A presente comunicação faz uma homenagem ao professor Marcelo Pimenta Marques, ressaltando seu caráter como parte de seu legado a seus alunos e amigos. Destaca, na filosofia platônica, as concepções de virtude e vício, vida e morte “na” psykhé, como “estados de alma” conquistados segundo o grau de educação e amizade dos três gêneros da alma (tòlogistikón, tòthymoeidés, tòepithymetikón), de autoconhecimento e conhecimento dos diferentes graus de Ser. Tal leitura reafirma a defesa de nossa tese de doutoramento que aponta a teoria da alma triádica como base da teoria ético-política de Platão, presentes sobretudo nos diálogos República e Leis.

A questão da philía nas Leis de Platão.

Richard Romeiro, UFSJ (São João Del Rey)

[Resumo]

 

O diálogo socrático-platônico e a necessidade da philía.

Roberto Bolzani Filho, USP (São Paulo)

Os diálogos de Platão aliam, certamente, a profunda capacidade especulativa de seu autor à influência sobre ele exercida pelo mestre Sócrates, por sua atividade do diálogo vivo, exercida em praça pública e dirigida aos atenienses. Nesses diálogos se encontram, ao mesmo tempo, um inédito esforço de compreensão da realidade, também influenciado por uma concepção de filosofia inspirada no socratismo, e uma reflexão sobre o valor filosófico do próprio diálogo, compreendido então como meio insubstituível de acesso ao saber. Da atitude refutativa apresentada e justificada na Apologia de Sócrates, até diálogos, como Fedro, onde a noção de dialética se apresenta como caminho para a verdade, encontra-se no corpus a defesa do diálogo como método filosófico por excelência, não mais confundível com seus abusos: a erística, a antilogia e a sofística.

A esse respeito, diálogos como Protágoras e Górgias estabelecem que não pode haver positividade no dialogar, sem o comprometimento moral de seus participantes, e tal comprometimento implica na presença de alguma forma de philía. Esse comprometimento, que não se percebe nas atitudes e falas de um Protágoras (Protágoras), de um Cálicles (Górgias) ou de um Trasímaco (República), pode ser observado em interlocutores como Glauco e Adimanto (República), Símias e Cebes (Fédon), Teeteto (Teeteto). Pretendemos passar em revista algumas passagens desses diálogos, de modo a mostrar a necessidade filosófica da philía na concepção platônica de diálogo e de filosofia.

Philia: a intermediação para a kosmia.

Rubens Sobrinho Nunes, UFU (Uberlândia) 

[Resumo]

A philótes e o sentido político de comunidade na Ilíada.

Teodoro Renó Assunção (UFMG, Belo Horizonte):  

[Resumo]

Refutação como modo de vida: o Platão de M. Marques.

Venúncia Emília Coelho, IFMG (Ouro Preto)

[Resumo]

MINI-CURSOS

La amistad y los límites de la comunidad: Platón y Aristóteles.

Prof. José Maria Zamora, Universidad Autonoma de Madrid (Espanha) 

1. Philía tradicional y philía de sofista.

2. Platón: philía, éros y pólis.

3. Philía y koinonía en Aristóteles.

Amistad y concordia en el estoicismo.

Prof. Marcelo Boeri, Universidad Catolica de Chile (Santiago, Chile)

Si, como argumentan los estoicos, (i) la virtud o excelencia moral es el único bien en sentido estricto, y (ii) si la virtud es autosuficiente para la felicidad y (iii) el sabio estoico es el único que es virtuoso en sentido estricto (por ser el único que posee el bien real, i.e. la virtud), parece (iv) que el sabio no debe interesarse por los demás y para ser feliz puede recluirse en sí mismo. Sin embargo, ése no parece ser el sentido en el que debe entenderse la autosuficiencia del sabio, pues para ser un sabio estoico no se puede vivir aislado, sino en una comunidad de individuos que comparten los propios intereses.

En este curso nos proponemos examinar la noción estoica de amistad (philia) y, estrechamente conectada con ella, la de concordia (homonoia), dos conceptos clave para la comprensión del proyecto estoico de una ciudad justa. Comenzaremos por analizar la tesis estoica de que lo que nos es familiar nos es conveniente, y lo que nos es extraño nos es inconveniente o dañino. Este tipo de afirmación describe el primer momento egoísta de la autoconservación, una idea conectada con la doctrina estoica de la familiaridad (oikeoisis), que tiene un momento inicial que es común a racionales e irracionales. En una segunda etapa se entiende como la orientación del animal humano al reconocimiento de la propia racionalidad y de la presencia de dicha racionalidad en los demás miembros de la especie. La familiaridad entendida como el cuidado de sí, entonces, sale de una esfera egoísta y se redirecciona en vista de un interés altruista. En el trasfondo de este marco general examinaremos las definiciones estoicas de amistad y concordia, los antecedentes platónicos y aristotélicos de dichas nociones, y el sentido en que los estoicos sostienen que sin amistad ni concordia no puede haber una verdadera comunidad política.

[1] F. Ferrari (1998) 23.

[2] Traduzo quase sempre philia por amizade, philos por amigo, etc., entendendo o termo no uso comum e genérico, sem especificações particulares. Pelo contrário, os vários sentidos contidos nos termos “amizade”, “amigo”, aparecerão depois a partir dos vários contextos dos diálogos.

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